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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Servidores pressionam para aprovar PCS na Comissão de Finanças nesta quarta

Projeto do Judiciário não está na pauta da CFT; presidente da comissão diz que proposta será pautada no prazo, mas que não acredita em votação sem acordo
 
Os servidores do Judiciário Federal e do Ministério da Saúde devem lotar, nesta quarta-feira (14), a Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados (CFT) para exigir a aprovação do PL 6613/2009, que revisa o plano de cargos e salários da categoria, congelado desde 2006.
 
O protesto deverá reunir trabalhadores de todas as regiões do país em Brasília. Em alguns estados, haverá manifestações. Na Justiça Federal e no TRF de São Paulo, os servidores decidiram parar por 24 horas. Na Bahia, onde a greve por tempo indeterminado continua, está sendo convocado um ‘apagão’, com paralisação geral, do qual a expectativa é de que os trabalhadores de todos os tribunais participem. Os servidores também estão em greve por tempo indeterminado no Mato Grosso. De 15 a 17 de setembro, haverá assembleias nos estados para debater os próximos passos da campanha contra o ‘reajuste zero’ que o governo da presidenta Dilma Rousseff tentar emplacar.
 
A pressão na Câmara ocorrerá na última sessão dentro do prazo acordado na Comissão de Finanças e Tributação para votar o projeto. O presidente da CFT, deputado Claudio Puty (PA-PT), disse à reportagem, por telefone, que a proposta será colocada em votação nesta quarta. Puty, no entanto, alegou que não pode garantir o que vai acontecer. “Não tenho controle sobre a votação, que não depende só de mim. Nós vamos botar em pauta e ver o que acontece, esperando que o Executivo e o Judiciário cheguem a um acordo”, disse. No entanto, o projeto não foi incluído na pauta divulgada pela comissão. Puty não retornou a Brasília e permanece no Pará porque sua esposa deverá dar à luz ao primeiro filho do casal por estes dias.
 
À pergunta sobre a intenção de a comissão votar independente do governo, Puty disse achar “muito difícil” isso acontecer “sem um acordo entre o Executivo e o Judiciário”, sem deixar de ressaltar que é favorável ao projeto. Na sessão desta quarta, os servidores vão protestar justamente para exigir que a proposta seja logo aprovada. 
 
Por Hélcio Duarte Filho
Luta Fenajufe Notícias
Quarta-feira, 14 de setembro de 2011